16 de fevereiro de 2009

Apenas Maldita...

Maldita sejas! Sim tu, que avanças sem dar tréguas, sem dar sinal que existes,invisivel, silenciosa e mortal, de cheiro pútrido, modo antipático, lanças estopadas sem sinal de fraqueza. Fico a ver-te avançar, sem nada poder fazer porque estou tão fraca, consigo ver a minha cara inerte, pálida, de olhos encovados reflectida naquela poça de água onde além de me reflectir vejo também os lismos que ali se formaram, deixaram de contar o tempo, como eu....Sentia agora gotas de suor que deslizavam sobre as costas, estavas a chegar...leve,sensasionalista, assobiavas de felicidade, alimentavas-te de mim, da minha alma ... aos poucos senti-me ultrapassada por ti!!
Abri os olhos, esbugalhei-os, alucinações que me tiravam a força para continuar, parecia real, que ela estava ali e que eu estava deitada a seu lado a observá-la. Acordei. Soletrei o seu nome. Divaguei. Como pude acreditar...Continuava deitada sobre a lama, aquela chuva intensa sobre mim, sobre os filhos de ninguém que sobreviviam àquela cruel e invisivel a que todos davam O nome. Fui feliz, fui triste...
Fui apenas.

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