
Rua minha, rua tua, rua nossa, rua das gentes... Gentes que passam indiferentes, embrenhadas nos seus pensamentos, encontram ou não caminho para os seus desalentos?
Devaneios que se perdem quando ao fundo da rua se avista um velho, um velho residente, indiferente a todos os olhares que olham mas nao vêem, as suas mãos enrugadas e o seu gorro que era vermelho e agora tem, cor indefinida, o seu cabelo que já foi preto, os seus olhos vazios mostram que há muito que não sente aquele calor escaldante...
Perto de si vagueiam figuras, sombras que não reconhece... onde está a chama que o aquece?
Perto de si vagueiam figuras, sombras que não reconhece... onde está a chama que o aquece?
Resposta, não existe... olho e fico triste... continuo, incerta e deambulante na incerteza se quando voltar aquele velho lá vai estar...
Caixa de papelão, cobertor sujo, expressão vazia, nada mais interessa, apenas sobreviver e ver passar o dia.
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